sábado,12 outubro , 2024
Home Saúde Uma em cada oito mulheres pode desenvolver câncer de mama, diz especialista | CNN Brasil

Uma em cada oito mulheres pode desenvolver câncer de mama, diz especialista | CNN Brasil

por gabrielamaraccini
0 Comente
uma-em-cada-oito-mulheres-pode-desenvolver-cancer-de-mama,-diz-especialista-|-cnn-brasil

O câncer de mama é o segundo mais comum nas mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve ter cerca de 73 mil novos casos para o triênio 2023 a 2025. De acordo com Artur Katz, diretor de oncologia Hospital Sírio-Libanês, a estimativa é de que uma em cada oito mulheres possa desenvolver câncer de mama ao longo da vida.

Katz é um dos convidados do “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” deste sábado (28) que, com a proximidade do Outubro Rosa, traz o câncer de mama como tema central. Para falar sobre a doença, explicar principais fatores de risco e tratamentos disponíveis, o Dr. Roberto Kalil recebe, também, Fernanda Barbosa, mastologista Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).

Segundo os especialistas, nem sempre é possível saber a origem da doença. “Em cerca de 5 a 10% dos casos, existe um componente hereditário, ou seja, a pessoa herda uma mutação que a predispõe ao desenvolvimento do câncer de mama. Mas em 85 a 90% dos casos, nós não somos capazes de identificar com clareza qual é a causa da doença”, diz Katz.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, estão o tabagismo durante a adolescência, período em que as mamas são formadas, a obesidade e o sedentarismo. Além disso, de acordo com o oncologista, mulheres que nunca engravidaram e que nunca amamentaram também possuem maior risco para o tumor.

Por isso, os especialistas defendem sempre a importância de adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos, e realizar regulamente dos exames de prevenção. Segundo Fernanda Barbosa, a mamografia anual a partir dos 40 anos ainda é a maneira mais eficaz de detectar o eventual surgimento da doença de maneira precoce.

“O ideal é que a gente não tenha sintoma. O que a gente quer é rastrear a população, que a gente faça diagnóstico precoce, e diagnostique lesões não palpáveis”, orienta. Segundo a mastologista, esse é o principal motivo pelo qual o foco das campanhas preventivas deixou de ser o autoexame, atualmente.

“Hoje, a gente chama de ‘autoconhecimento das mamas’. Isso não quer dizer que a gente não indique o autoexame. O problema é que às vezes algumas mulheres deixavam de fazer o rastreamento ou deixavam de ir ao médico porque achavam que estavam fazendo o autoexame mensalmente e que aquilo era suficiente. E o autoexame só diagnostica lesões palpáveis, e o que a gente quer é lesões não palpáveis”, explica.

Tratamento do câncer de mama deve ser individualizado

Segundo os especialistas, o tratamento do câncer de mama é feito de forma individualizada. “Câncer de mama não é tudo igual, é individual. Hoje, cada vez mais a gente baseia o tratamento no subtipo. A gente tem praticamente quatro tipos de câncer de mama. Dependendo do tipo do câncer e do estadiamento, essa paciente vai receber uma modalidade de tratamento específica, seja ela cirurgia, remédio, ou radioterapia”, diz Barbosa.

Os especialistas comentam, ainda, que a alternativa da mastectomia preventiva — que ganhou fama depois que a atriz Angelina Jolie passou pelo procedimento em 2013, após descobrir uma mutação genética que elevava muito suas chances de desenvolver o câncer de mama.

“São casos específicos em que a gente faz a testagem genética, essas pacientes têm um alto risco de desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Faz um teste de sangue ou de saliva. Diagnosticada a mutação — as mais comuns são BRCA-1 e BRCA-2, que aumentam o risco de 60 a 80% ao longo da vida — uma das opções é fazer a mastectomia bilateral redutora de risco, para que a gente reduza em 90 a 95% a chance de ela ter a doença”, explica a mastologista.

No entanto, o risco não é zero após o procedimento preventivo. “Isso porque depois da cirurgia pode existir tecido residual da aréola ou fora daquilo que a gente chama de mama. E existem questões ligadas à própria técnica cirúrgica. A gente vê que algumas mulheres têm uma cirurgia profilática, mas que acaba preservando um pouco de tecido mamário. E é importante que ela saiba que tem um pouco de tecido mamário ainda, porque senão ela pode parar de fazer acompanhamento e existe um risco”, afirma Katz.

Por outro lado, as chances de cura são altas quando a doença é diagnosticada precocemente. “Hoje, 95% das pacientes com câncer de mama inicial vão ficar curadas. [Mas] A gente não pode romantizar o processo. É um processo difícil receber o diagnóstico, mas também não pode fantasiar e achar que é uma sentença de morte”, diz Barbosa, que além de mastologista, já teve câncer de mama.

“Esse é um diagnóstico que carrega um estigma muito grande. Então, o primeiro ponto é desmistificar. E sobretudo entender que o tratamento não é uma penitência. Ela não vai ficar boa porque sofreu muito. Pelo contrário, o que a gente deseja é carregar essa mulher no colo ao longo do tratamento, seja ele qual for, para que ela não tenha nenhum sofrimento desnecessário e fique boa no final. E é um objetivo realístico nos dias de hoje”, finaliza Katz.

O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 28 de setembro, às 19h30, na CNN Brasil.

Acupuntura pode diminuir efeitos da terapia anti-hormonal para câncer de mama

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CATEGORIA NOTICIAS

NOTICIAS RECENTES

AS MAIS VISTAS

Noticias Todo Tempo © Todos direitos reservados

Título do Título