Índice
A deputada federal Tabata Amaral (SP), candidata do PSB à prefeitura de São Paulo (SP), reiterou, nesta quinta-feira (5), que é “independente” na disputa das eleições de outubro deste ano, sem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Ao participar de sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo UOL, Tabata disse, no entanto, que, caso eleita prefeita da capital, contará com a ajuda tanto de Lula quanto de Tarcísio em sua gestão.
Nas eleições em São Paulo, Lula apoia a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como vice. Tarcísio, por sua vez, está ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição.
Continua depois da publicidade
“Eu venho ressaltando muito que sou uma candidata independente. Não sou nem do Lula nem do [Jair] Bolsonaro. Eu também venho ressaltando que terei apoio do governo federal e do estado para governar”, garantiu a candidata do PSB.
“Inclusive, tanto o presidente Lula quanto o governador Tarcísio já foram questionados sobre isso e foram firmes em dizer: a Tabata vai contar com nosso apoio”, complementou Tabata.
Cracolândia
Durante a sabatina, Tabata Amaral criticou a política adotada pela gestão Nunes em relação à Cracolândia, no centro da cidade. A região abriga usuários de drogas e dependentes químicos em geral, que se aglomeram nas vias, praticamente à margem das ações do poder público.
Continua depois da publicidade
Segundo a candidata, a falta de ação do governo municipal levou ao surgimento de novas Cracolândias espalhadas pela capital.
“Meu compromisso é, em 4 anos, a gente colocar um fim em 72 cracolândias que temos na cidade. Me parece que uma dificuldade é a polarização, de enfrentar o bandido e o doente”, afirmou Tabata.
Guarda Civil Metropolitana
Outro assunto abordado na entrevista foi a segurança pública. Apesar de esta ser uma atribuição dos estados, e não dos municípios, a candidata do PSB prometeu aumentar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com mil novos agentes e uma atuação conjunta com a Polícia Civil e a Polícia Militar.
“O maior número de chamados que a PM responde hoje é por ruído. Isso é atribuição da prefeitura”, disse a deputada. “Não é à toa que as pessoas levam as denúncias para a PM, porque têm confiança maior. Temos compromisso de trazer maior efetivo de servidores.”
Continua depois da publicidade
Tabata criticou propostas apresentadas por seus adversários, como Guilherme Boulos e Pablo Marçal (PRTB), de dobrar ou triplicar o efetivo da GCM. Segundo ela, trata-se de um compromisso impossível de ser cumprido.
“São propostas mentirosas e irresponsáveis. Quero saber se vão fazer isso aumentando imposto ou que conta estão fazendo. Como vão duplicar ou triplicar?”, questionou.
Quarta colocada em pesquisa
Pablo Marçal, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos estão tecnicamente empatados na liderança da corrida eleitoral em São Paulo. É o que mostrou a pesquisa do Real Time Big Data, divulgada na terça-feira (3), consolidando um cenário que já vinha sendo apontado por outros institutos.
Continua depois da publicidade
De acordo com o levantamento, Marçal aparece numericamente à frente dos dois principais concorrentes, com 21% das intenções de voto. Nunes, candidato à reeleição, e Boulos marcam 20% cada um.
No segundo pelotão da disputa municipal, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) soma 9% das intenções de voto, tecnicamente empatada com o jornalista José Luiz Datena (PSDB), com 8%. A economista Marina Helena (Novo) marca 3% das intenções de voto.
Em relação à última pesquisa do instituto, realizada em julho, Pablo Marçal registrou um forte crescimento de 7 pontos percentuais (tinha 14%). Por outro lado, tanto Nunes quanto Boulos despencaram 9 pontos (ambos marcavam 29%).
Continua depois da publicidade
Tabata e Datena, por sua vez, oscilaram dentro da margem de erro: a candidata do PSB foi de 8% para 9%, enquanto o tucano recuou de 9% para 8%. Marina Helena oscilou positivamente 2 pontos percentuais, de 1% para 3% das intenções de voto.