sexta-feira,11 outubro , 2024
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Na prisão, pastor perseguido encoraja sua igreja na China: “Sejam fortes no Senhor”

por REDAÇÃO
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Um pastor, que foi preso injustamente por suspeita de fraude na China, encorajou os cristãos a permanecerem firmes no Senhor antes de seu julgamento.

O primeiro dia do julgamento do pastor Zhou Songlin e do ancião Ding Zhongfu da Igreja Hefei Ganquan — que são acusados ​​de suspeita de “fraude” — ocorreu no dia 31 de julho deste ano.

No dia anterior, o pastor Zhou Songlin escreveu uma “carta pastoral da prisão” aos membros da igreja, afirmando sua inocência e os encorajando a se apegarem à fé.

Segundo a China Aid, a Igreja Hefei Ganquan é uma influente igreja doméstica de 25 anos, que começou a enfrentar perseguição por manter a identidade de igreja doméstica. 

Prisão 

Zhou e Ding foram presos no dia 30 de novembro de 2023. No mesmo dia, 16 cristãos da igreja, incluindo eles, tiveram suas casas inesperadamente revistadas pela segurança pública e foram presos sob suspeita de “fraude”. 

Tempo depois,14 cristãos foram libertados ou receberam fiança até o julgamento. No entanto, o pastor Zhou e o ancião Ding permaneceram presos por 8 meses.

Em 14 de maio de 2024, Zhou e Ding foram indiciados pela Procuradoria Popular do Distrito de Shushan de Hefei. 

A acusação afirma que os réus, com o propósito de posse ilegal, obtiveram fraudulentamente mais de 3,39 milhões de yuans “sob o pretexto de religião”. 

Os advogados de defesa argumentam que os cristãos não se envolveram em nenhum comportamento enganoso, conforme definido pela Lei Criminal da República Popular da China.

Assim como, relatou que eles não tiveram intenção de possuir ilegalmente a propriedade dos crentes, pois ela pertencia à igreja coletivamente.

Encorajamento

No dia 30 de julho, o pastor Zhou escreveu uma carta pastoral no Centro de Detenção de Hefei encorajando a igreja a permanecer firme em Deus, apesar da perseguição:

“A paz esteja convosco. Sinto muita falta de todos vocês. Já faz oito meses desde que o caso começou. Na minha perda de liberdade, experimentei preocupação, luta e desconforto. Mas agora meu corpo está saudável, meu coração está em paz e minha força espiritual é suficiente. Estou preparado para enfrentar a perseguição com a mentalidade de um mártir, assim como na noite em que fui preso”.

Em seguida, o pastor declarou três conselhos aos cristãos: “Primeiro: Sejam fortes no Senhor”. 

E continuou: “Segundo: Tenham um coração disposto a sofrer pelo Senhor. O caminho que trilhamos neste mundo é de sofrimento, e sofrer pelo Senhor é um sinal de graça. A Bíblia diz que lhe foi concedido não apenas crer em Cristo, mas também sofrer por Ele”. 

“Terceiro, na ausência de adoração pública física e comunhão regular, e sob a perseguição da igreja, a tarefa urgente agora é que os colegas de trabalho e líderes de grupo tenham um coração pastoral, sirvam mais diligentemente e cuidem dos fracos. Os fiéis devem orar mais juntos, confortar uns aos outros, para que todos sejam fortalecidos”, acrescentou.

‘Pratiquei a fé’

O pastor relatou que, quando ouviu sobre a divisão na igreja, após a sua prisão, ficou surpreso e de coração partido: “É doloroso ver problemas tão sérios surgirem em menos de meio ano sob essa perseguição “moderada” em uma igreja com 25 anos de história”.

“A tristeza e a dor que isso me traz excedem em muito o sofrimento da prisão. Para aqueles membros que ainda se apegam à sua fé e continuam a servir em meio à perseguição, eu digo: Vocês são minha alegria e conforto, que o Senhor continue os fortalecendo”, disse o pastor. 

“Para aqueles que estão confusos e perdidos devido ao caos na igreja, eu digo: Por favor, venham e sigam os passos de nosso Senhor Jesus Cristo (Mateus 2:14). Para aqueles que não se comprometem por medo e egoísmo, e criam caos na igreja, eu digo: Por favor, parem, reflitam, aceitem a repreensão e se arrependam”, acrescentou.

Por fim, ele se dirigiu aos seus familiares: “Quando o caso for levado ao tribunal, se eu for considerado culpado, é somente porque pratiquei minha fé de acordo com os ensinamentos da Bíblia. Se eu for considerado culpado, então todas as pessoas na igreja são culpadas, este é um crime coletivo”.

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